sexta-feira, 22 de junho de 2012


                            Artigo sobre   História Como disciplina....

    O processo de transformação da História em disciplina “ensinável”, ocorreu primeiramente na França, no contexto das transformações revolucionarias no século XVIII, inserido na luta da burguesia pela educação pública, gratuita, leiga e obrigatória. Segundo Nadal,
O século XIX acrescentou paralelamente aos grandes movimentos que ocorreram visando constituir os estados nacionais sob hegemonia burguesa, a necessidade de retornar-se ao passado, com o objetivo de identificar a “base comum” formadora da nacionalidade. Daí os conceitos tão caros ás Histórias Nacionais. Nação, pátria, nacionalidade, cidadania. (NADAI, 1986, P.106)
        Esse movimento culminou na chamada Revolução positiva, que legitimou, para a História, seu campo de atuação e seu método.
O estabelecimento da disciplina escolar de História foi em 1818, quando a disciplina entra nos programas dos secundários. Em 1880, está presente da escola primaria ao ultimo ano do secundário. Nesse meio tempo, os docentes tiveram que se curvar ao ritual da agregação; depois, em 1894, a obtenção prévia de um diploma de estudos superiores (equivalente a um mestrado). Tendo se tornado uma disciplina curricular, a História afirma seu estudo cientifico. A criação das grandes escolas baliza essa metamorfose: École Pratique Des Hautes (1868), École Des Scienses Politiques (1872), École Du Louvre (1881).”  (TÉTART, 2000, p. 98)
No Brasil, desde sua criação como disciplina no século XIX, a História percorreu vários caminhos, numa trajetória plural de difícil mapeamento. Com sua implantação no Colégio Dom Pedro II, a disciplina foi sustentada por diferentes concepções de História e de tendências historiográficas.
Num primeiro momento ensinou-se a História da Europa Ocidental, apresentada como a verdadeira História da civilização. A História surgia como seu apêndice, sem um corpo autônomo e ocupando um papel extremamente secundário. Religada aos anos finais do ginásio, com numero ínfimo de aulas, sem uma estrutura própria, consistia em um repositório de biografias de homens ilustres, de datas e batalhas. (NADAI, 1992-1993. P. 146)
          Mesmo após a proclamação da república, a principal referencia dos programas curriculares (1931, 1961), continuou sendo a História da Europa. Essa tendência foi criticada por historiadores brasileiros e considerada um dos grandes problemas da disciplina. Trata-se da concepção europeizante dos conteúdos, como afirma ABUD:
A história do Brasil se iniciou quando os ibéricos se lançaram ao mar, chegaram as novas terras e plantaram as sementes  da civilização cristã. Nesse momento, os nativos passaram a sofrer o processo histórico, como o elemento passivo, somente um complemento do real sujeito da História, o conquistado. (ABUD, 1992-1993 p 171)
          Apesar de a Europa ser a principal referencia dos conteúdos ensinados na disciplina de História, pode-se afirmar que, a partir de 1860, as escolas primarias e secundarias começaram a sistematicamente, incluir em seus programas a História Nacional, como afirma Bittencourt:
O número crescente de compêndios de História do Brasil editado, sobretudo a partir da década de sessenta do século XIX, comprova a incorporação dessa área do conhecimento histórico na cultura escolar do período, tanto para as escolas secundarias, quanto para o ensino elementar. (BITTENCOURT, 1992-1993 p209)
           No período republicano, a incorporação da concepção de que a disciplina de História tinha a responsabilidade de formar os cidadãos ganha força, como demonstram as diretrizes da lei de educação de 1931 e 1961, bem como os programas que passaram a ser utilizados nas escolas. Os principais conteúdos de História do Brasil tinham como objetivos a constituição e a formação da nacionalidade, com seus heróis e marcos históricos, sendo a pátria o principal personagem desse tipo de ensino.
          Com a lei nº 5692/71 foi oficializado o ensino de estudos sociais nas escolas brasileiras, ficando os conteúdos específicos da História destinados somente aos alunos do antigo segundo grau. A concepção e os conteúdos da História continuavam atrelados as concepções tradicionais.
No decreto-lei nº 869, de 12 de Setembro de 1969, temos a inclusão de moral e cívica como disciplina obrigatória nas escolas de todos os graus e modalidades dos sistemas de ensino no país. A intenção era inserir suas finalidades em todas as atividades escolares, inclusive no que diz respeito ao desenvolvimento dos atos cívicos, valorizando na prática educativa. As relações entre os valroes humanos considerados superiores e a educação permitiriam que os cidadãos fossem integrados na sociedade, dela, participantes como se fossem produtos culturais, como ilustrações no culto à nação, na identificação com a família e na dignidade do trabalho. (IBRASA, 1993 p 5-7)
          Na década de 1980, a História ensinada nas escolas e universidades brasileiras foi objetivo de debates e inúmeros estudos, tornando-se um campo de pesquisa de teses, dissertações e publicações, como livros  e artigos especializados. As relações apresentadas nesse período, apontam a existência de diversas abordagens e temáticas para o ensino de História, além de questionamentos acerca dos conteúdos curriculares, das metodologias de ensino. Faz parte desse processo a realização de congressos, simpósios e encontros, cuja temática principal passou a ser o ensino da História. Vale salientar que as discussões foram sendo organizadas com as perspectivas de entender a disciplina História de forma autônoma. A década de 1980 é também expressiva no que se refere à luta encetada em Universidade, Associações e entidades profissionais com o objetivo de combater a proposta de estudos sociais, identificada com os interesses e a ideologia dos representantes da ditadura militar brasileira.
         A reconquista da disciplina História como representante de conhecimento especifico e autônomo, ampliou as tentativas que vinham sendo feitos, por alguns historiadores, de incluir ns discussões acadêmicas a problemática do ensino da História. A interferência de especialistas diversos permitiu um diagnostico das condições do ensino de História em escolas brasileiras. Permitiu também um perfil do professor de História, cuja formação era dividida, nesse período, em os cursos de graduação, de Licenciatura Curta ou Plena, além dos cursos de Estudos Sociais, curto ou pleno.
         É notório na ditadura militar as reformas do ensino superior (Lei nº 5540/68) e do ensino de 1º e 2º graus (Lei nº 5692/71) foram promulgadas num contexto crescente de acumulação capitalista e de privatização do ensino.
           Após 1964 varias Universidades sofreram um processo sistemático de intervenção militar: Brasília (UNB), Minas Gerais (UFMG), São Paulo (USP). Muitos professores tiveram seus direitos políticos suspensos pelos atos institucionais e pelos inquéritos policial-militares (IPM).
           O movimento estudantil também sofreu forte repressão. A sede da UNE foi invadida, incendiada e a entidade jogada na ilegalidade. O mesmo aconteceu com as UEEs (Uniões Estaduais de Estudantes).
          No entanto, mesmo sob rigorosa repressão e na ilegalidade, a UNE realizou clandestinamente seu congresso ate 1968, ano em que CCC (Comando de Caça aos Comunistas) passou a radicalizar a repressão. Essa organização paramilitar de extrema-direita, entre outros feitos, atacou e destruiu as instalações da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, episódio que ficou conhecido como a batalha da Rua Maria Antônia.
          O governo também refina seu aparelho repressivo através do AI-5 (Dezembro de 1968) e do decreto-lei nº 477 (Fevereiro de 1969) criando o terror institucionalizado e permanente que passou a controlar a sociedade em todos os níveis. O AI-5 promoveu o recesso do congresso nacional, das assembléias legislativas e das câmaras de vereadores, previu a intervenção nos estados e municípios, suspendeu direitos políticos e os Habeas-corpus no casos de crimes políticos.
          O decreto nº 477 permitia que reprimisse com rigor qualquer tentativa de critica política no interior das escolas e universidades.
           Contudo, mesmo dentro desse quadro de intensa repressão, a resistência armada se manifestava através das organizações de esquerda que agiram de 1969 a 1974 sob forte repressão dos aparelhos de violência do governo militar.
        Podemos dizer que tanto o processo escolar brasileiro quanto às reformas e o ideário pedagógico deste período passava por um processo de “tecnização” e de expansão controlada. O lema dominante era “reformar para desmobilizar”, preparando o jovem para o desenvolvimento do país. “Reformar para desmobilizar” tinha o significado de conter as insatisfações políticas dos estudantes que nesse período procuravam aglutinar e mobilizar setores da sociedade civil contra o regime militar. (XAVIER. 1994  p 235)
          O contexto do Brasil no período militar é extremamente complicado, isto ajuda a compreender hoje o porque que os militares excluíram as disciplinas de história e colocaram as disciplinas de estudos sociais, e morais cívica.
        De acordo com a Maria Auxiliadora Schimidt, o ensino da disciplina de História tem entre outros objetivos quatro finalidades, dividas em dois grandes conjuntos: cultural e intelectual, patrimonial e cívica.
         A História, tal qual é ensinada, deve acima de tudo, transmitir um saber cientifico, que representa uma espécie de “cultura histórica”. Esse saber histórico transmitido pelo professor é composto tanto por conhecimento como por métodos. Por conhecimentos entende-se um conjunto de informações (datas, fatos, nomes e lugares), e também as noções (crises, crenças, revoluções e ciclos), que constituem a linguagem. Essa grade de leitura é formada por diferentes objetivos identificar, classificar, problematizar, esquematizar, descobrir as causalidades, medir o tempo. As regras que regem a exploração dos documentos do historiador (textos, imagens, mapas e gráficos), também fazem parte da grade.
         O ensino da História participa também da formação intelectual mais geral, que consiste em formar e exercer o espírito crítico. Trata-se de habituar o aluno a levar em consideração o caráter relativo das sociedades humanas, segundo seu lugar e sua época, assim como aprender sua complexidade e sua diversidade. Essa formação é possível porque o ensino da História permite ao aluno, compreender o passado e organizá-lo em ordem cronológica, e também porque ela possibilita ao mesmo tempo, que ele se inscreva ativamente num mundo contemporâneo, tornando inteligível a despeito de sua complexidade. O ensino da História supera a simples dimensão cultural (a transmissão de um saber) para adquirir uma dimensão intelectual (o exercício da razão critica) essa dimensão é privilegiada no sistema educativo hoje.
        Ensinar História é, também dar aos alunos uma memória comum, que passa pelo reconhecimento de uma cultura, em que a apropriação é fundadora da identidade do cidadão esclarecido. Assim, o ensino da História deve permitir ao aluno descobrir o patrimônio comum em que ele e insere e do qual é herdeiro, conservá-lo e enriquecê-lo para melhor transmiti-lo  as novas gerais.
José ferreira da Silva, graduado em História pela UEG,pos graduado em Sociologia pela FINOM, Especialista em Educação para as relações étnicas raciais pela UFG. Professor efetivo de Sociologia no Colégio Dom Bosco, Jussara- GO

quinta-feira, 14 de junho de 2012

 TEXTO SOBRE A LEI MARIA DA PENHA , FEITO PELA ALUNA GABRIELA MONTEIRO/5º PERÍODO C, VESPERTINO SOBRE ORIENTAÇÃO DOS PROFESSORES JOSÉ FERREIRA E MARIA ANGÉLICA.
                       Jussara, 11/06/2012.( Trabalho sobre a lei Maria da Penha)
                                                      Protegendo as valentes guerreiras
             Por tanto tempo, a mulher foi humilhada, oprimida, discriminada e, o pior de tudo, espancada. Sem qualquer amparo, ela sofria os maus-tratos e covardias calada. No entanto, com o passar dos anos isso mudou.
             Maria da Penha, é um exemplo vivo da luta das mulheres por amparo da sociedade e mais atenção por parte do Estado, já que até então, a violência contra a mulher, era um assunto para o qual as pessoas não davam tanta importância. Toda a batalha de Maria da Penha surtiu efeito, pois em 2006, fora corroborada uma lei de proteção e amparo às mulheres, batizada com seu nome.
             A nova medida promugada, substitui aquela antiga, que punia o agressor, apenas com uma multa, cestas básicas para a agredida e detenção durante 1 ano. A nova legislação mais rigorosa, proíbe o agressor de se aproximar da mulher e dos filhos, a prisão que antes durava somente um ano, agora pode chegar a 3 anos, o que ainda é muito pouco e a vítima tem autonomia para rever seus bens e cancelar todas as procurações feitas com o ex-companheiro.
             Além de aprovar a Lei Maria da Penha, outras formas de contribuição do estado para reduzir o índice de mulheres agredidas no Brasil, tratam-se da inclusão do conteúdo “Violência contra a mulher” nas grades escolares, da criação de órgãos especializados em atendimento ao público feminino, entre eles, a Delegacia da mulher e do cadastramento das mulheres que se encontram em risco nos programas de assistência social.
             Muito tem sido feito para amenizar o problema da violência contra a mulher, porém, infelizmente, a lentidão da justiça, na maioria das vezes, faz com que o agressor de uma mulher permaneça impune por vários anos ou até mesmo, por toda a vida. É o caso da própria Maria da Penha, cujo o ex-marido, tentou matá-la duas vezes e só foi preso quase duas décadas após o crime. Revoltada, ela se junta a movimentos sociais e decide compartilhar sua experiência no livro “Sobrevivi e posso contar.
             Desde o surgimento da humanidade até o século XIX, a mulher servia unicamente para procriar e por isso, não podia jamais estudar, votar, sair sozinha, trabalhar, ocupar cargos públicos e nem sequer, escolher um marido para si. Contudo, essa situação se reverteu, com as várias revoluções feministas que garantiram às mulheres, direitos iguais aos dos homens, como a que levou a criação do Dia Internacional da Mulher e a Revolução de 32. Graças às antepassadas, as mulheres atuais são livres e protagonistas da sua própria história e hoje, a mulher consegue cuidar da casa, dos filhos, do marido, às vezes, de algum parente que está com a idade avançada e ao mesmo tempo, trabalhar. Por essa razão, estas valentes guerreiras merecem respeito, consideração e proteção.

terça-feira, 12 de junho de 2012

 

História da Depressão(História do Beijo na Boca.)
‎"A origem do beijo na boca está na Idade Média, mas esse ato não representava romantismo ou atração. Os senhores feudais costumavam beijar os lábios dos vassalos para selar contrato de trabalho."

Na alta Idade Média, período do apogeu feudal, as relações de lealdade e servidão prevaleciam, em uma sociedade caracterizada pelo ruralismo. Existiam os Suseranos, senhores com mais posses que doavam lotes de terras aos seus Vassalos, os quais deviam obediência e lealdade aos primeiros.
Como naquela época assinatura era uma coisa rara, até porque os senhores feudais mal sabiam escrever, os contratos eram selados através de um beijo na boca, igual aos selinhos (daí o nome) de hoje. Outros rituais também acompanhavam o processo, como o juramento de fidelidade diante da Bíblia.
Depois de tanto selarem esses acordos, os senhores feudais chegavam aos seus castelos e aprimoravam a técnica com as esposas, ou talvez não, pois com as mulheres legítimas só era permitido a procriação, não podendo haver nenhum tipo de prazer. Mas haviam as criadas, as meretrizes, etc. Foi aí que surgiu o beijo de língua, dentro dos limites do feudo! E se espalhou pelo mundo!


  fonte>
historiaeumbarato.blogspot.com.br/
Para   refletir....


quarta-feira, 6 de junho de 2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

É essencial a uma sociedade saudável ter cidadãos que saibam interpretar o que veem, leem e ouvem. Mas também a saber produzir conteúdos, já que, agora, todos podem ser produtores de mídia.

então  professores, devemos  prepararmos para os desafios do mundo digital...


                                                                          profº    José Ferreira
                                                                                                           Jussara   05/06/2112

Por que estudar Sociologia?

A Sociologia tem uma função importante que é nos fornecer instrumentos para uma melhor compreensão do mundo que nos cerca, e em especial, das diversas redes sociais que se formam em torno de nós... Especialmente, nesse momento, com o fortalecimento da globalização, em que o mundo tem suas fronteiras estreitadas, os países se tornam mais acessíveis bem como as culturas se entrecruzam... Pois a sociedade global é um campo de desenvolvimento desigual e de contradições novas, marcando um momento histórico de transição, e como quase todos os momentos de mudança, de transição, são períodos turbulentos, de crise e de dinâmicas indeterminadas, inaugurando também renovação de paradigmas. E possibilitando também outros modos de reinventar o mundo social, em suas crenças e práticas… 
Por isso estudar Sociologia é tão importante, para que entendamos esse novo mundo.

A Sociologia segundo seus Pensadores clássicos:
 Kal Marx
Com o objetivo de entender o capitalismo, Marx produziu obras de filosofia, economia e sociologia, tencionando propor uma ampla transformação política, econômica e social. A principal obra de Marx, O Capital, não é sociológica, mas econômica. Todavia, é preciso elucidar alguns termos de sua fundamentação econômica, por constituírem peças básicas de interpretação. Na verdade, se produziu uma visão principalmente econômica da sociedade, precisamente porque acreditou que a compreensão dos processos históricos não pode ser feita sem referencia às maneiras como os homens produzem sua sobrevivência material.
Desenvolveu o conceito de alienação mostrando que a industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção, que se tornaram propriedade privada do capitalista. De acordo com Marx, politicamente o homem também se tornou alienado, pois o principio da representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado como um órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder delegado pelos indivíduos.
A história do homem é, conforme Marx, a história da luta de classes, da luta constante entre interesses opostos, embora esse conflito nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de guerra declarada. As divergências, oposições e antagonismos de classes estão subjacente a toda relação social, nos mais diversos níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da propriedade privada.

 Max Weber
Para Max Weber, a Sociologia é uma ciência que pretende compreender a ação social, interpretando-a, para dessa maneira explicá-la casualmente em seus desenvolvimentos e efeitos.
Segundo Weber, uma dimensão qualquer da ação humana admite sempre a construção de vários tipos, sem que nunca se esgote a complexidade infinita da realidade. Por esta razão, nenhum dos tipos construídos deve ser considerados mais que um instrumento limitado e provisório de investigação. A expressão “ideal” sublinha precisamente o fato básico de que os tipos sociológicos só existem no plano da idéias, não na realidade.
A sociologia Weberiana conclui que, no mundo moderno, a burocracia é o exemplo mais típico do domínio legal, nos limites da legitimidade. Estendendo sua análise tipológica às formas de dominação social, a Sociologia weberiana distingue três tipos de dominação legítima, cada qual com sua base, a saber: a legalidade, a tradição, o carisma.
Weber construiu os conceitos sociológicos básicos a partir de uma tipologia geral da ação social. Sempre ressalvando o caráter ideal desses tipos, ele distingue quatro categorias de ação por seu sentido subjetivo.
1.    A ação racional com relações afins, determinadas por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens.
2.    A ação racional com relação a valores, determinada pela crença consciente no valor seja éticos, estéticos, religiosos ou de qualquer outra forma como seja interpretado.
3.    A ação afetiva, especialmente emotiva, determinada por afetos e estados sentimentais atuais.
4.    A ação tradicional, determinada por um costume arraigado.

 Durkheim distingue os fatos sócias em três características:
1.    A coercitividade, ou seja, a força que os fatos sociais exercem sobre os indivíduos levando-os a conformar-se às regras da sociedade em que vivem, independentemente da sua escolha e vontade. O grau de coerção dos fatos sociais se torna evidente pelas sanções a que o individuo estará sujeito quando tenta se rebelar contra elas. Estas sanções podem ser legais ou espontâneas. Sanções legais são aquelas prescritas pela sociedade, sob a forma de leis. Sanções espontâneas seriam as que aflorariam como decorrência de uma conduta não adaptada a estrutura da sociedade ou do grupo ao qual o individuo pertence.
2.    A exterioridade, os fatos sociais existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente.
3.    A generalidade, segundo Durkheim, é social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles.
Uma vez identificados e caracterizados os fatos sociais, Durkheim procurou definir o método de conhecimento da sociologia. Para ele, a explicação cientifica exige que o pesquisador mantenha certa distancia e neutralidade em relação aos fatos, resguardando a objetividade de sua análise.
A sociologia, de acordo com Durkheim, tinha por finalidade não só explicar a sociedade como também encontrar soluções para a vida social. A sociedade, como todo organismo, apresentaria estados normais e patológicos, isto é, saudáveis e doentios.
Durkheim considera um fato social como normal quando se encontra generalizado pela sociedade ou quando desempenha alguma função importante para sua adaptação ou sua evolução.